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Introspecção infantil pode não ser um problema

Postado em 09/01/2020



A introspecção é um traço de personalidade mal compreendido e, algumas vezes, é confundido até mesmo com arrogância. É possível que existam quatro tipos de introvertidos: sociais, pensantes, ansiosos e reservados. Essa linha de reflexão pode desmistificar o que se imagina sobre as pessoas introspectivas, inclusive por parte dos pais.

 

Os sociais têm um perfil mais falante, dão risadas e chegam a contar piadas, porém escolhem amigos com cuidado e se abrem com poucos. Os ansiosos costumam ser mal compreendidos e buscam a solidão, pois a companhia de outras pessoas os deixa assustados. Já os pensantes nem percebem a presença dos demais ao redor e podem permanecer por horas imersos em seus pensamentos. Por último, para os reservados, a ideia de se relacionar não chega a ser assustadora, mas gostam de analisar tudo e pensar com bastante cuidado antes de se comunicar.

 

Logo na infância, o pai ou a mãe tem o costume de incentivar alguns comportamentos dos filhos, sem ter a sensibilidade e o cuidado de analisar se aquilo tem relação com a personalidade da criança ou não. É comum os pais insistirem para os filhos cumprimentarem todas as pessoas no ambiente, forçarem para ficarem em grupo com os amigos ou não se isolarem, por exemplo.

 

A preocupação aumenta significativamente quando essas crianças chegam à adolescência e os traços da personalidade começam a ficar mais sólidos e evidentes. A pessoa mais introspectiva tem algumas características como eleger apenas um ou dois amigos para ter um relacionamento, prefere assistir a filmes sozinho, e não em família, e não gosta de programas coletivos.

 

Os pais precisam entender que essa é apenas a natureza deles e não há nenhum problema em ser assim, desde que a pessoa não sofra com isso. O papel deles é conduzir a criança para que se sinta segura em ser o que é e se desenvolva como indivíduo, tenha liberdade dentro das suas peculiaridades, sem o receio de ser julgado ou mesmo rejeitado.

 

Ainda assim, a família, de um modo geral, pode propor para essa criança ou adolescente a experiência de estar mais perto, de criar novos vínculos, fazer novos amigos e desenvolver mais afetividade. É um exercício que pode ser feito sem pressão, demonstrando empatia e vontade de realmente compreender o filho. Isso vai abrir caminhos para novas relações e trará uma identidade segura.

 

O ASSIM SAÚDE dá dicas importantes para você estar sempre atento à sua saúde e a de sua família.